Bolo do aniversário de São Paulo - Tradição no Bexiga

Serão usados 1,5 mil kg de farinha e 13 mil ovos na preparação do doce.
Trabalho, que está no livro dos recordes, só acaba na sexta-feira (25).
Veja o Vídeo.


Serão 454 metros de comprimento, um para cada ano da cidade.

O início dos trabalhos ocorreu no sábado (19). O ritual acontece há 20 anos, no Bixiga, região central. Após a preparação, que está no livro dos recordes, paulistanos se reúnem para devorar o bolo em poucos segundos - sete, se for seguido o tempo registrado nos anos anteriores. O "ataque" está marcado para as 11h de sexta (25) na Rua Rui Barbosa.

Os números do bolo são grandiosos como a metrópole. São 1,5 mil kg de farinha, mais de 600 kg de margarina e de açúcar, 13 mil ovos e cerca de mil litros de leite. Só de fermento serão usados 82 kg. Se uma xícara de farinha fosse colocada em cima do outra, a pilha atingiria uma altura equivalente a seis vezes a o Edifício Itália, que tem 44 andares.

Sarau astronômico no dia 25/01 no Ibirapuera

Comemorando o aniversário de São Paulo, teremos uma apresentação especial no Planetário Aristóteles Orsini (Ibirapuera), Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 10 (entrada pedestres) ou portão 3 (entrada para estacionamento) - Parque Ibirapuera - São Paulo -SP.


"Sarau Astronômico"

Realização: Ação Cultural e Educativa do CCSP e Planetários de São Paulo

Informações: prefeitura.sp.gov.br/planetarios, pelo telefone 5575-5425 ou pelo email planetariodoibirapuera@prefeitura.sp.gov.br
O público será convidado a observar projeções do céu a partir das estrelas mais brilhantes e da identificação de planetas e a apreciar apresentações de música, leitura de textos e poemas na cúpula do Planetário.

Música: Choro no Leblon.

Leitura: Textos e poemas selecionados pelos funcionários da Biblioteca Sérgio Milliet do Centro Cultural São Paulo, disponíveis para a leitura espontânea do público presente.

Céu e astronomia: Operação dos equipamentos feita em tempo real pela equipe dos Planetários de São Paulo.
Entrada franca (retirar ingresso com uma hora de antecedência).


Via
Centro Cultural São Paulo

Histórias de São Paulo.

Fiz meus estudos no Colégio Visconde de Porto Seguro. Antigamente, o colégio ficava na praça Roosevelt. A praça, um espaço amplo, mais ou menos abandonado, com arbustos esparsos e chão em parte asfaltado e em parte de terra batida, era usada como estacionamento e, nas quartas e sábados, acho, virava uma feira livre, muito boa e movimentada. Apesar de ser uma área descuidada e indefinida, era muito melhor do que a praça de hoje, a meu ver, um monstrengo de concreto frio, desumano, desajeitado e artificial. Na praça antiga, isso na década de 60, morava um mendigo. Ficava por lá, andando para cima e para baixo, seguido por um séqüito de vira-latas. Vi esse homem todo santo dia durante anos, com sua barba grisalha, seus olhos claros e uma espécie de meia enterrada na cabeça. Era uma figura estranha e bonita. Costumava sentar-se numa mureta, perto da rua Gravataí, cruzava as pernas com elegância e, puxando um papel enorme do bolso do paletó, punha-se a escrever com um toco de lápis. Às vezes parava e, sério, mostrava o texto para os cachorros. Lembro que os animais levantavam-se e parece que liam aqueles escritos com um certo interesse. Quando ficava cansado, o mendigo dobrava e guardava o papel no bolso e partia vagaroso pela praça, seguido por seus companheiros caninos, examinando as nuvens concentrado e pensativo, com os braços cruzados nas costas.

Ricardo Azevedo.

Via
São Paulo, minha cidade.