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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Déjà Vu?

O mistério do Déjà Vu.


Um grupo de cientistas acreditam ter descoberto uma explicação-chave para o déjà vu, aquela misteriosa sensação de estar diante de algo que já foi vivido, segundo um artigo que será publicado na edição de sábado da revista científica New Scientist.

De acordo com a pesquisa, as experiências sugerem que o déjà vu pode ser provocado de forma independente, sem haver uma memória real para acioná-lo.

Acredita-se que reconhecer um objeto ou situação familiar engatilhe dois processos no cérebro. Primeiro, a mente busca em seu arquivo de memória para descobrir se os conteúdos daquela cena já foram vistos antes. Em caso afirmativo, uma parte separada do cérebro identifica a cena ou o objeto como familiares.

Explorando esta teoria de dois passos, uma equipe de cientistas da Universidade de Leeds, no norte da Inglaterra, mostraram a voluntários 24 palavras comuns e em seguida os hipnotizaram. Os cientistas disseram aos 18 voluntários que, quando estivessem diante de uma palavra em uma moldura vermelha, eles sentiriam a palavra como sendo familiar, embora não soubessem quando foi a última vez que a viram. Mas se vissem uma palavra em uma moldura verde, eles pensariam que ela pertencia à lista original de 24.

Em seguida, os voluntários foram tirados do estado de hipnose e expostos a uma série de palavras em molduras de cores variadas. Algumas não pertenciam à lista original de 24 ou estavam em molduras verdes ou vermelhas. Dez voluntários disseram ter experimentado uma estranha sensação quando viram novas palavras em vermelho e outros cinco disseram que esta sensação definitivamente se parecia com um déjà vu.

A cientista Akira O´Connor, aluna do doutorado do Grupo de Memória da Universidade disse que as descobertas lançam uma luz intrigante sobre os casos de déjà vu e o modus operandi da memória humana. "Isso nos diz que é possível dissociar de forma experimental estes dois processos, o que é realmente importante para estabelecer que são, de fato, separados", disse O´Connor, segundo o artigo da New Scientist.

Uma pesquisa anterior sugeriu que o déjà vu pode se originar em uma parte do cérebro chamado lóbulo temporal. Algumas pessoas com epilepsia no lóbulo temporal freqüentemente têm registros de déjà vu, e cientistas franceses descobriram que partes eletricamente estimuladas do lóbulo temporal podem acionar a sensação de familiaridade com tudo o que uma pessoa encontrar pela frente.

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terça-feira, 22 de abril de 2008

Cérebro "burro" é o principal fator de estresse.



"Cérebro 'burro' é o principal fator de estresse".

(Nuno Cobra)






















Concordo plenamente com o neurocientista americano Robert M. Sapolsky que ao pesquisar babuínos na África, durante dez anos, concluiu que antecipar problemas causa estresse e destrói neurônios.

A solução para o problema é estar justamente com a cabeça onde o corpo está. Os animais por serem irracionais, fazem justamente isso. Como diz Sapolsky que as ‘zebras só se estressam no momento certo’, ou seja, na frente do leão e não antes de o leão aparecer. Quando se livram do leão o estresse acaba.

Há três décadas levanto duas bandeiras.

1ª) O homem deveria ter mais responsabilidade para não levar a vida tão a serio, uma vez que essa, no fundo, não tem nada de sério e concreto. Isso evidentemente não significa que as pessoas não devam trabalhar direito e nem terem horário, pois o trabalho em si é um grande momento de paz, como este agora escrevendo este texto.

2ª) A segunda bandeira parecia numa visão superficial ainda mais maluca. Eu dizia que era ‘proibido’ pensar; brincava até com um ditado que minha mãe costumava usar. Quando na adolescência ela me pegava acabrunhado e pensativo dizia: “De pensar morreu um burro”.

Esse pensar tão prejudicial à saúde é o estopim inicial de terríveis doenças. Não me refiro ao pensar concreto do momento, planejando, estudando e aprendendo, enfim... ocupado na solução real de um problema, mas me refiro ao pensamento improdutivo, aquele pensamento completamente sem sentido, uma vez que não ajuda em nada na solução de um problema.

Significado real da preocupação

Como o próprio nome diz, a preocupação é uma ocupação mental muito antes do real acontecimento, não tendo nenhuma utilidade.

Devemos sim em face de um problema que iremos ter, daqui seis ou sete dias por exemplo, buscar se ocupar de algumas ações que possam nos preparar melhor para o dia do acontecimento. Ou seja, fazer um relatório, organizar documentos e uma série de atitudes concretas que irão realmente ajudar no dia do ‘combate’ ou do compromisso.

Se não há nada para fazer de concreto, não tem nenhum sentido lógico e inteligente ficar pensando e preocupado. O resultado será perda de tempo e consumo energético da ocupação dos seus neurônios, com algo que você não tem controle e nem sabe ao certo se irá realmente ocorrer e como irá ocorrer. Esse fato além de tudo, trará sérios problemas para a sua saúde.

A falta de domínio sobre sua mente, deixando que ela tome posse de você e não você dela, é o que nos impede de atingirmos os tão falados 120 anos de idade do mamífero que somos. O indivíduo preocupado vai aos poucos se matando.

Cérebro ‘burro’

Quando você passa a ocupar sua mente com algo que não esta ocorrendo, você aciona um mecanismo que é um verdadeiro desastre orgânico. Deixei muito claro no meu livro que o cérebro é 'burro', mas ele é muito mais 'burro' que a gente possa supor. Uma vez que quando você está pensando no combate – entrevista, reunião, concurso, apresentação, palestra – que irá travar na quinta feira da outra semana, o seu cérebro não sabe que você está só pensando; ele tem certeza que você está se lançando em pleno combate e necessita de todas suas forças.

Então o cérebro fabrica hormônios - os mais potentes - para que você tenha o melhor desempenho. Entre esses hormônios lançados pelo cérebro, temos o famoso cortisol um hormônio que, juntamente com outros, aciona mecanismos para que nós possamos render o máximo, foi ele justamente o elemento responsável por nós estarmos hoje vivos.

Esses hormônios acionados pelo cérebro, não havendo nenhum objetivo de ação para esse monumental combate, passam a correr sedentos pela corrente circulatória, destruindo neurônios.

Mas voltando agora ao pensamento antecipatório. Na verdade você não está em nenhum combate, está apenas sentado numa poltrona, numa cadeira, com o pé encostado numa parede, pensando, pensando... se ‘matando’

A cabeça e o corpo

Não podemos deixar de exercitar sempre aquela premissa básica que tanto falo, leve sempre a sua cabeça junto com o seu corpo. E use sua mente apenas dentro do momento físico em que você se encontra. Vigie sua mente, sempre, para que ela não saia por aí, buscando problemas que ainda não existem e até podem nunca existir. Se preocupe com os problemas na hora dos problemas, até porque antes, não ajuda em nada. Leve a vida leve. Ocupe-se com o momento presente, fique mais com você. E isso ajudará demais a sua saúde. Sua cabeça tem de estar onde seu corpo está.