domingo, 11 de setembro de 2011
sexta-feira, 24 de abril de 2009
A Cibersegurança dos EUA poderá ser controlada pela Casa Branca!
JOHN MARKOFF
Oficiais federais responsáveis por rever a estratégia americana para aprimorar a segurança de computadores e da internet disseram na quarta-feira que a Casa Branca precisa avançar na questão e tomar controle da política de cibersegurança do país. "É preciso uma liderança do topo da Casa Branca para departamentos, agências, governos estaduais, locais e tribais, corporações, e para a biblioteca e a sala de aula", disse a oficial Melissa Hathaway, nomeada como diretora em exercício sênior para o ciberespaço pelo presidente Barack Obama, responsável por revisar em 60 dias as questões em torno das ameaças cibernéticas.
A criação de tal repartição na Casa Branca foi defendida no ano passado por um grupo bi-partidário de políticos, tecnólogos e especialistas em cibersegurança que alertou em relatório que os sistemas de segurança dos computadores dos Estados Unidos haviam chegado a um ponto crítico e que seria necessário um "czar" da Casa Branca para cuidar da institucionalização de novas tecnologias e novas políticas.
Especialistas em cibersegurança saudaram a decisão do governo de pôr a questão da segurança em destaque, mas enfatizaram que a revisão - prevista para ser divulgada nesta semana - é apenas a primeira etapa de uma batalha política contundente que envolve quanto controle deve ser exercido e quais agências governamentais vão assumir o comando da segurança de computadores.
"Existe ainda muito conflito dentro da Casa Branca", disse James A. Lewis, membro sênior do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais e diretor do estudo Ciberespaço de Segurança para a 44ª Presidência, publicado em novembro.
Existem hoje pelo menos três posições envolvendo a decisão que o presidente tomará sobre o controle da cibersegurança, disse Lewis: analistas tradicionais de políticas de segurança nacional que não estão focados na ciberameaça; agências de inteligência e militares que procuram consolidar seu poder e influência sobre as políticas do ciberespaço; e um grupo influente que afirma que regulações de cibersegurança mais rígidas poderiam prejudicar setores inovadores da internet associados ao Vale do Silício.
"Não esperávamos que os Googles do mundo viessem e dissessem que isso os deixava tensos", disse. Muitos ex-integrantes do governo disseram que haviam visto influência prévia da administração Obama no discurso de Hathaway. "Gostei de ver uma ênfase em valores colaborativos com nossos parceiros internacionais e uma nova ênfase em investimentos em pesquisa e desenvolvimento", disse Rod Beckstrom, que renunciou no mês passado ao cargo de diretor do Centro de Cibersegurança Nacional e alertou sobre a crescente influência da Agência de Segurança Nacional nos esforços de cibersegurança do governo federal.
De forma independente, o Pentágono considera formas de consolidar seus esforços de guerra cibernética sob um único quartel-general, com intenção de criar uma organização dentro de um comando militar existente. O secretário de Defesa Robert Gates, em discurso na semana passada, disse que ele estava examinando propostas para um novo quartel-general cibernético dentro do Comando Estratégico, conhecido como Stratcom, que já desempenha um papel militar importante nas defesas de redes de computador.
"Algo que procuro é estabelecer um comando integrado sob o Stratcom para assuntos cibernéticos", disse Gates. Altos funcionários do Departamento de Defesa disseram que as atuais propostas não prevêem a criação de um comando absolutamente separado para a ciberguerra, nem a designação de apenas um braço das Forças Armadas no comando.
terça-feira, 21 de abril de 2009
Obama e os Trens-Bala nos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou hoje um plano para a criação de uma rede de trens de alta velocidade no país, que demandaria um investimento inicial de US$ 8 bilhões e a aplicação de mais US$ 1 bilhão ao ano por pelo menos um quinquênio.
Junto com o vice-presidente Joe Biden e o secretário de Transportes, Ray LaHood, Obama apresentou os detalhes da proposta, que busca estimular a economia e o uso de meios de transportes alternativos aos automóveis.
Segundo Obama, estão previstos dois projetos: uma para a criação de trens-bala como os existentes no Japão e na França, e outro para aumentar a velocidade das linhas ferroviárias já existentes.
A estratégia de Obama requer, prontamente, um investimento de US$ 8 bilhões, dinheiro que viria do pacote de estímulo econômico aprovado no começo do ano. Já a quantia de US$ 1 bilhão ao ano que seria aplicada por pelo menos um quinquênio viria do Orçamento do Governo, que já incluiu a soma no projeto orçamentário do ano fiscal de 2010.
O plano do Governo identifica dez possíveis corredores de alta velocidade passíveis de receber fundos federais.
Os trens-bala que Obama quer construir se concentram, principalmente, no lado leste do país, embora esteja prevista a instalação de dois na costa do Pacífico.
No segundo semestre, o Governo também começara a liberar fundos para o Corredor Nordeste - de Washington a Boston -, com o objetivo de melhorar a única rede de alta velocidade existente atualmente no país, informou a Casa Branca.
Para Obama, os trens de alta velocidade podem ajudar o país a reduzir sua dependência em relação ao petróleo estrangeiro, a diminuir as emissões de dióxido de carbono, a estimular a economia e oferecer aos viajantes mais opções de transporte.
"Meu plano ferroviário de alta velocidade trará inovações que mudarão a forma como viajamos nos EUA. Temos que começar a desenvolver um transporte limpo e eficiente do ponto de vista energético (...)", declarou Obama.
O presidente acrescentou que a criação de uma grande rede de alta velocidade "gerará milhares de empregos na construção durante vários anos", além de "postos permanentes e uma maior atividade econômica nos pontos de destino".
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