O Comitê de Apropriações da Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados) dos Estados Unidos aprovou na noite desta quarta-feira (21) um pacote de US$ 358 bilhões para gastos do governo do novo presidente, Barack Obama, o primeiro teste para a aprovação de um plano de estímulo econômico de cerca de US$ 800 bilhões previsto pelo governo do democrata.
O comitê, que controla projeto de leis de gastos públicos, aprovou, por 35 votos a 22, parte do plano maior que Obama defende como essencial para resgatar o crescimento econômico do país, que está em recessão desde 2007.
"Estou seguro que nenhum de nós está feliz com o custo, mas tem que ser comparado com o tamanho do problema", afirmou o chefe do Comitê, David Obey. "Nós enfrentamos o colapso econômico mais perigoso desde os anos 30 [Grande Depressão]", afirmou, citado pelo jornal espanhol "El Pais".
O Comitê de Procedimentos (para questões fiscais e de comércio) e o comitê de Energia e Comércio devem votar nesta quinta-feira as partes que lhes cabe do plano de estímulo de Obama.
A aprovação de parte do plano foi vista como o primeiro teste bem sucedido de Obama entre os republicanos, que se disseram receptivos ao pedido de Obama por "unidade de propósito". Contudo, eles criticaram as iniciativas de gastos do plano democrata e pediram uma reunião com o presidente para discutir planos de cortes tarifários.
Segundo funcionários do Congresso, a reunião está marcada para a próxima semana. O líder dos republicanos na comissão, Jerry Lewis, questionou se o pacote de Obama fomenta a criação de empregos e o estímulo econômico "ou simplesmente amplia o tamanho do governo".
"Não ponho em dúvida a urgência do pacote, questiono as prioridades e seu preço", disse, também citado pelo "El Pais".
As manobras do governo mostram também que Obama está disposto a cumprir sua promessa de trabalhar desde o primeiro dia e que, para aprovar o pacote, incentivará o bipartidarismo de seu governo.
Obama já tem acesso a US$ 350 bilhões para ajudar as instituições financeiras afetadas pelo colapso do mercado e estender os empréstimos aos consumidores e pequenos negócios. O dinheiro é a segunda parte do pacote de resgate de US$ 700 bilhões proposto no governo do ex-presidente George W. Bush, que pediu a aprovação da segunda parte no Congresso atendendo ao pedido de Obama.
Desde que foi eleito presidente, em parte pela grave crise econômica e a imagem de que era o mais apto a resolvê-la, Obama coordena esforços para aprovar o pacote de sua equipe para ter ao menos US$ 825 bilhhttp://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u493053.shtmlões para investir em cortes de impostos e criação de empregos.
Timothy Geithner, nomeado por Obama para a secretaria de Tesouro, afirmou aos senadores que o país precisa do pacote para solucionar a crise. "O custo desta crise será maior se nós não agirmos com força suficiente agora. Em uma crise desta magnitude, o mais prudente é o mais forte".
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